sexta-feira, 15 de outubro de 2010

MAPA e produtores unem esforços para tornar o Brasil livre da aftosa

A erradicação da febre aftosa traz boas perspectivas para a cadeia produtiva da carne bovina, como a abertura de novos mercados e o incremento na produção e na rentabilidade. Por esse motivo, o controle e a possível eliminação da doença são preocupações constantes no Brasil.

No Dia da Pecuária, comemorado em 14 de outubro, o Agrolink promove um debate com entidades representantes do setor acerca das políticas públicas de controle e erradicação desta doença, que representa uma grande ameaça à saúde dos rebanhos e também do ser humano.

A meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é tornar o país livre da doença com vacinação já em 2011. A longo prazo, porém sem data pré-estabelecida, a intenção é transformar o Brasil em Zona Livre de Aftosa sem vacinação.

A suspensão da vacinação, entretanto, é uma medida polêmica e provoca divergências entre os pecuaristas. “A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) é enfaticamente contra a retirada da vacinação neste momento, justamente por perceber que o sistema de vigilância não é totalmente seguro como gostaríamos”, afirma Eduardo Biagi, presidente da entidade. “Embora a atividade viral seja baixa, isso se deve ao fato do pecuarista estar efetivamente vacinando o rebanho”, acrescenta. Já para José Antonio Fontes, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC), a suspensão da vacinação deve ser realizada simultaneamente em todas as regiões do Brasil e em conjunto com os países limítrofes. “Somos contrários a suspensão da vacina contra febre aftosa por estado ou por uma região”, conclui Fontes.

A simples mudança do status sanitário para Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação traria uma série de benefícios à pecuária brasileira. O primeiro deles, lembra Eduardo Biagi, se refere à credibilidade e a imagem positiva do país. A possibilidade da abertura de novos e exigentes mercados à carne nacional é um dos argumentos fundamentais a favor da suspensão da vacina. De acordo com a assessoria de imprensa do MAPA, os principais mercados que poderiam ser conquistados com a medida são o Japão, os Estados Unidos e a África do Sul. Além disso, os custos de produção diminuiriam, pois os produtores não precisariam mais comprar vacinas. “Isso também facilitaria a viabilização de protocolos sanitários, permitindo a exportação de material genético de zebuínos do Brasil”, declara o presidente da ABCZ.

Entretanto, a suspensão da vacina reduz a proteção do rebanho, deixando-o mais suscetível. Nesse caso, em uma possível reincidência da aftosa, sua difusão seria muito mais rápida. “Cria-se então um problema maior, não só pela perda de mercados para onde nossa carne é exportada como também uma perda para os criadores, como aconteceu no Uruguai há alguns anos”, alerta Biagi. Para Fontes, “a organização e integração entre os bovinocultores e governo de forma organizada e sem interesses políticos eleitoreiros e/ou partidários será uma proteção contra estes riscos”.

Atualmente, campanhas de vacinação atingem todos os estados brasileiros, com exceção de Santa Catarina, que foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação desde 2007. Ao todo, 14 estados e o Distrito Federal são livres da doença com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O centro-sul do Pará (46 municípios) e as cidades de Boca do Acre e Guajará (Amazonas) apresentam a mesma classificação. Os demais estados da região Nordeste e o nordeste do Pará são considerados como médio risco para a doença; Roraima e noroeste do Pará, como alto risco, e Amazonas e Amapá, risco desconhecido.

Para os dirigentes da ABCZ e da ANPBC, a política brasileira de controle da doença é eficiente, já que a atividade viral no país tem sido baixa. Mas ainda é preciso avançar na questão da vigilância. Na opinião de Eduardo Biagi, seria preciso, ainda, informatizar o processo e interligar o sistema nacionalmente. “Precisamos também desenvolver um programa de vigilância nas fronteiras ou ações via Itamaraty visando ampliar o programa de controle brasileiro para países como Bolívia e Paraguai principalmente; este é um esforço desenvolvido pelo GIEFA (Grupo Interamericano para Erradicação da Febre Aftosa) e apoiado pela ABCZ”, acrescenta o presidente da ABCZ. José Antonio Fontes acredita que é preciso informar o público sobre a importância da imunização contra a febre aftosa e a ausência de risco ao consumidor de carne vacinada.

Para um estado receber o status de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento avalia se o local alcançou percentual superior a 90% nas duas últimas campanhas de vacinação, o serviço veterinário estadual e o trânsito de animais de estados e países vizinhos.
FONTE - AGROLINK

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vendas de fertilizantes alcançam 13,6 milhões de toneladas em 2010

As entregas de fertilizantes ao consumidor final alcançaram 13,6 milhões de toneladas, nos oito primeiros meses deste ano. O resultado representa crescimento de 2,4%, em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 13,2 milhões de toneladas. Os números são da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (AMA) e foram apresentados, nesta segunda-feira, 27 de setembro, na 49ª reunião ordinária da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, em Brasília.

Os estados que mais se destacaram nas vendas foram Mato Grosso, com 2,6 milhões de toneladas, São Paulo (1,8 milhão de toneladas) e Paraná (1,8 milhão de toneladas). A região Centro-Oeste foi responsável por 4,4 milhões de toneladas.

A produção de fertilizantes, de janeiro a agosto de 2010, foi de 6,04 milhões de toneladas, contra 5,3 milhões de toneladas, em igual período de 2009, o que representa crescimento de 13,8%. Já as importações passaram de 6,3 milhões de toneladas, no ano passado, para 8,9 milhões de toneladas neste ano, aumento de 41,6%.

“Essa situação está relacionada ao aumento dos preços das commodities e à redução do preço dos insumos, em relação à safra passada”, explicou o presidente da Câmara Temática de Insumos, Cristiano Walter Simon.

Dados da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) indicam que as vendas de defensivos alcançaram US$ 539 milhões, em julho deste ano, contra US$ 534 milhões, em julho de 2009. Nos sete primeiros meses deste ano foram US$ 2,4 bilhões, sendo o setor de herbicidas, responsável por US$ 927 milhões e o de inseticidas, por US$ 690 milhões.

A Câmara é um fórum consultivo ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que conta com representantes do governo e da iniciativa privada.

FONTE - AGROLINK

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Goiás fecha safra com 13,4 mi de toneladas

Goiás fechou a safra 2009/2010 com produção de 13,4 milhões de toneladas, 9,04% da produção nacional. O resultado do 12º levantamento, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta-feira (9), mostra que houve uma correção de -0,05% em relação ao levantamento anterior e se comparada à safra passada, houve acréscimo de 1,8%. Em relação à área plantada, o Estado semeou na safra 2009/2010 3,9 milhões hectares, ou seja, 2,17% a mais que na safra passada, o que corresponde a um acréscimo de 83 mil hectares.

A produção de milho 1ª safra deu espaço à soja. O primeiro reduziu a área plantada em 29,8%, enquanto o último expandiu a área semeada em 10,5%. A produção do milho 2ª safra acompanhou a evolução da soja e expandiu 17,1%. Outra cultura que registrou forte expansão no Estado foi o feijão. Devido às boas rentabilidades, houve aumento na produtividade do irrigado de 2ª safra (acréscimo de 43,5% em relação à safra passada). Com isso, a produção final chegou a 43,7 mil toneladas, um acréscimo de 32% em relação à safra 2008/2009. Na produção de feijão 3ª safra houve expansão na área cultivada de 16,88% o que resultou num aumento de produção de 16,16%.

Brasil

O Brasil chegou ao final da safra com produção de 148,99 milhões de toneladas de grãos. Número que supera o estudo anterior e estima colheita recorde, 10,3% superior ao 135,13 milhões de toneladas da última safra. Em comparação com o levantamento de agosto, houve aumento de 2%.

A soja deve fechar a produção com alta de 20,2% se comparado ao ciclo anterior, enquanto o milho segunda safra, obteve crescimento previsto de 27,1%. Toda a produção do cereal deverá atingir 56,12 milhões toneladas, somadas a primeira e a segundas safras, com aumento de 10% em relação à temporada passada. (Leonardo Machado – assessor técnico para a área de grãos da Faeg)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Incêncios florestais destroem propriedades rurais em Goiás


Desde que a estiagem começou em Goiás, o Corpo de Bombeiros já combateu mais de 3.700 focos de incêndios em propriedades rurais e áreas de preservação no Estado. Por mais, pelo menos, um mês os incêndios continuarão a ser registrados no Estado. Essa é a previsão da Coordenação da Operação Cerrado Vivo do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás. Na tarde desta sexta-feira (17) o comandante da operação, Major Cleber Cândido participou de webconferência promovida pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), transmitida pela TV Faeg e retransmitida pelo Portal da Rádio 730 (assista no YouTube). O assessor técnico da Faeg para a área de meio ambiente, Marcelo Lessa moderou a participação dos internautas durante a webconferência.

De acordo com o Major os números de focos registrados é ainda muito maior, pois em muitos casos o Corpo de Bombeiros não é notificado. Ele explica que na maior parte das ocorrências os focos começaram às margens de rodovias e se alastraram pela vegetação seca. A baixa umidade do ar, a velocidade dos ventos e a topografia dos terrenos contribuíram para que os incêndios se alastrassem com muita rapidez chegando, em alguns casos, a condições incontroláveis. Cleber Cândido também destacou a atuação dos produtores rurais na prevenção e contenção de incêndios e rebateu ambientalistas que acusam os produtores rurais de serem os principais responsáveis pelos incêndios florestais.

Durante a webconferência o major disse que grande parte dos produtores se preparou para enfrentar o período de estiagem, fizeram aceiros como o recomendado, protegeram pastagens, lavouras e área de reserva. "O produtor é muito consciente até porque o prejuízo causado por um incêndio em pastagens, palhadas de plantio direto, lavouras é muito grande", comentou.

Entretanto, devido às críticas condições climáticas, as propriedades rurais estão sendo seriamente atingidas por incêndios. "Houve casos de o fogo ultrapassar aceiros, destruir pastagens, palhadas e atingir a reserva das propriedades", disse o major. Nesses casos, o comandante da Operação Cerrado Vivo recomendou que o produtor procure a Polícia Militar e faça o boletim de ocorrência para se resguardar de futuras fiscalizações ambientais. Os documentos oficiais servirão de prova em caso de o produtor precisar se defender de multas. O corpo de bombeiros também emite ocorrência quando é notificado para conter o incêndio. (Texto: Francila Calica - Departamento de Comunicação Integrada do Sistema Faeg/Senar e Foto: Marcus Vinícius)

José Mário Schreiner é referendado para presidência da Faeg

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) realizou, nesta terça-feira (14), eleições para referendar a diretoria que administrará a Casa pelo triênio 2010/13. A chapa única e de consenso liderada pelo atual presidente, José Mário Schreiner, foi legitimada por 99% dos votos dos Sindicatos que compareceram à sede da entidade, em Goiânia, durante todo o dia de hoje.
Dos 111 Sindicatos Rurais aptos, 100 enviaram representantes à votação – recorde de comparecimento e aprovação em toda a história da Federação. Em seu pronunciamento, após a apuração dos votos, Schreiner agradeceu a expressiva votação e adesão dos Sindicatos Rurais à chapa e reiterou o compromisso de representação dos cerca de 60 mil produtores rurais filiados à entidade. A solenidade oficial de posse da nova diretoria será realizada no dia 13 de dezembro, em Goiânia.

Trajetória

José Mário Schreiner esteve na vice-presidência da Faeg nas diretorias dos triênios 2001/2004, 2004/2007 e 2007/2010. Assumiu a presidência da Federação e do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em maio de 2008 após o falecimento do então presidente Macel Félix Caixeta.

Nascido em 8 de fevereiro de 1961, em Porto União (SC), Schreiner é Filho de pequenos produtores rurais. Formou-se em técnico agropecuário pela Universidade Federal de Santa Catarina e em 1981 mudou-se para o Município de Mineiros (GO). É produtor rural nas áreas de grãos, algodão e pecuária de corte em Perolândia, Portelândia e Mineiros.



Cargos de relevância
Delegado do Sindicato Rural de Mineiros - diretoria de 1998/2000;

Vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) – diretorias 2001/2004, 2004/2007 e 2007/2010;
Em 2008 assume a presidência da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR);

Ex-Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás;

Ex-Presidente da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural - AGENCIARURAL;
Ex-Presidente da Associação dos Produtores de Grãos de Mineiros - APGM;

Ex-Vice-Presidente da Cooperativa Mista Agropecuária do Vale do Araguaia - COMIVA;

Membro Efetivo do Conselho Deliberativo do SEBRAE-GO;

Membro Efetivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento do Estado de Goiás;
Presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA;

Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA;
Diretor da Associação Goiana de Produtores de Algodão – AGOPA;

Condecorado com título de cidadão goiano e título de cidadão Mineirense;
Condecorado com a Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera pelo Governo do Estado de Goiás;

Título Honorífico de Cidadania Goianiense, homenagem da Câmara Municipal de Goiânia em 2010, dentre outros;


Conheça a diretoria eleita:

Presidente: José Mário Schreiner
1º Vice-presidente: Mozart Carvalho

2º Vice-presidente: José Manoel Caixeta Haun

1º Diretor Secretário: Bartolomeu Braz Pereira

2º Diretor Secretário: Estrogildo Ferreira dos Anjos

1º Diretor Tesoureiro: Eurípedes Bassamurfo da Costa

2º Diretor Tesoureiro: Nelcy Palhares



Suplentes

Wanderley Rodrigues de Siqueira

Flávio Faedo

Daniel Klüppel Carrara

Justino Felício Perius

Antônio Anselmo de Freitas

Arthur Barros Filhos

Osvaldo Moreira Guimarães



Conselho Fiscal

Rômulo Pereira da Costa

Vilmar Rodrigues da Rocha

Antonio Roque da Silva Prates Filho

César Savini Neto

Leonardo Ribeiro



Suplentes

Arno Bruno Weiss

Pedro da Conceição Gontijo Santos

Margareth Alves Irineu Luciano

Wagner Marchesi

Jânio Erasmo Vicente



Delegados junto à CNA

Titulares

Alécio Maróstica

Dirceu Cortez



Suplentes

Lauro Sampaio Xavier de Oliveira

Walter Vieira de Rezende

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Campo Saúde traz cidadania para a zona rural de Caldas Novas

O Sistema Faeg/Senar e Sindicato Rural de Caldas Novas e Rio Quente, com o apoio da Prefeitura de Caldas Novas, realizam no próximo sábado 29, a primeira edição do Programa Campo Saúde no município. O evento acontece no povoado Nossa Senhora da Fátima, o grupinho, e tem como principal objetivo levar mais saúde e cidadania aos moradores, trabalhadores e produtores rurais da região. Nesta edição são oferecidos, gratuitamente, atendimentos de médicos especialistas em oftalmologia, ginecologia, dermatologia, pediatria e clínica geral.Haverá também tratamentos odontológicos, aferição de pressão, teste de glicemia, vacinação, corte de cabelo e, também serão emitidos documentos como CPF e carteira de trabalho. As crianças aprendem como escovar os dentes de forma correta, além de ter à disposição carrinho de pipoca, algodão doce e pula-pula. De acordo com o dirigente do sindicato rural, Rômulo Gonzaga, a ação é uma forma de levar até a população que vive da terra serviços que ficam distantes, concentradas no centro da cidade.O Programa Campo Saúde é uma realização da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar), Sindicato Rural e prefeitura municipal de Caldas Novas. Os atendimentos serão das 8 às 17 horas e haverá transporte gratuito à disposição das pessoas que queiram chegar até o local.No ano passado o programa ofereceu 31.362 atendimentos. Em 2010 os municípios de Portelândia, Luziânia, Montes Claros de Goiás, Jaupaci, Pires do Rio, Serranópolis e Cachoeira Alta já receberam a visita do programa Campo Saúde. A expectativa é de realizar 20 edições do Campo Saúde neste ano e que sejam realizados 35 mil atendimentos.